Ponta do Juatinga
texto publicado na Revista Náutica

 

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Difícil passagem

 






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Taturana
No trecho que vai da Ponta do Juatinga até a Ponta Negra, enfrentamos ondas cruzadas de frente e de lado. As ondas à frente eram fruto de um intenso sudoeste. As ondas que vinham de lado tinham sua origem no meio do oceano, e vinham navegando por mar aberto até atingir em cheio a costa brasileira. Eu nunca tinha passado por uma situação semelhante em toda a minha vida. Cada onda tinha que ser vencida com manobras específicas do leme. Depois de montarmos a onda, tínhamos que descer com muita habilidade para evitar um choque muito brusco da proa com o vale. Foram de 3 a 4 horas duríssimas, só a motor e muita coragem. Mais tarde, vim a saber que aquele trecho é conhecido entre os navegadores, incluindo os mais experientes, como um dos mais castigantes que existem na costa brasileira. Isso pode ser comprovado na leitura do excelente artigo da Revista Náutica sobre a Ponta do Juatinga que fiz questão de transcrever.

Passada a Ponta Negra, as coisas começaram a melhorar. As ondas continuavam enormes, mas já não eram tão desencontradas, e o vento começou a dar uma trégua.

 

 

 

 

 

 

 

Taturana em Bracuí.
Atrás, a península que está afundando.