Música
O Rio Neckar,
com suas pontes, e o Castelo de Heidelberg
Quando jovem, participei bastante da vida musical de São Paulo. Fui integrante da primeira formação da Orquestra Sinfônica Jovem de São Paulo. Nela, toquei flauta sob a regência do Maestro Olivier Toni, que foi também meu professor de harmonia, contra-ponto e solfejo. Na orquestra, fui colega de estante de Hélio Buck Júnior, Antônio Carlos Carrasqueira Filho e João de Vincenzo. Minha professora de flauta foi Grace Lorraine Henderson. Além disso, fui um dos primeiros alunos da Escola Municipal de Música, criada há 30 anos pelo Maestro Olivier Toni e pelo Prefeito Faria Lima.
Paralelamente à minha atividade como músico de orquestra, toquei bastante com o pianista e compositor Delamar Alvarenga. Nossos programas eram todos voltados para a música de vanguarda, e nosso repertório incluia obras de John Cage, Willy Correia de Oliveira, Gilberto Mendes, Bruno Maderna, além de obras do próprio Delamar Alvarenga. Hoje, Delamar vive na Alemanha, onde dá aulas de regência numa Escola Superior de Música em Karlsruhe.
Em 1972, fui para a Alemanha participar do Festival de Música Contemporânea de Darmstadt. Neste festival, tive aulas com Karlheiz Zöller - na época, primeiro flautista da Filarmônica de Berlim de Hebert von Karajan. Além das aulas de flauta, assisti alguns seminários com Stockhausen, entre outros. Participei de primeira audição de diversas obras.
Depois deste festival, entrei para a Escola Superior de Música de Mannheim-Heidelberg. Lá, estudei três anos. Durante esse tempo, tive a oportunidade de ter um contato intenso com o Maestro e Compositor Claudio Santoro, sua esposa Gisele Santoro, e seus filhos Gisele, Alessandro e Rafael. O Maestro Claudio Santoro morreu há alguns anos. Gisele mora em Brasília. Sua filha formou-se bailarina - como a mãe. Alessandro estudou piano clássico na Rússia e hoje é um grande concertista. Rafael, até alguns anos atrás, tinha um conjunto de "rap" em Brasília.
De
volta ao Brasil, cheguei a tocar na Orquestra Juvenil do Estado
de São Paulo, sob o comando do Maestro John Neshling. Após
algum tempo, afastei-me do estudo e da prática da música.
Continuo, porém, gostando muito de ouvir música, e minhas
predileções abrangem quase todos os gêneros: Ravel, Fauré,
Debussy, Puccini, Gershwing e Cole Porter.
Em São Paulo, temos uma intensa atividade músical voltada à
música antiga executada em instrumentos de época.
E aqui uma curiosidade: as notas musicais em português, inglês e alemão.
lá |
si |
dó |
ré |
mi |
fá |
sol |
A |
B |
C |
D |
E |
F |
G |
A |
H |
C |
D |
E |
F |
G |
A diferença entre as notas em inglês e as notas em alemão está na nota si. Em alemão, é H, pois B é si bemol. Em tempo, em inglês, si bemol é H flat.
E aqui estão alguns links interessantes:
Quadro Carmina - Este é um conjunto de
música de São Paulo especializado em música barroca.
Heidelberg - Este é para que fala
alemão. É um bem construído site sobre a bela cidade de
Heidelberg. Há uma história que contam que quando os americanos
estavam bombardeando a Alemanha, escolheram Heidelberg para ser a
base deles. Por isso, pouparam a cidade de um bombardeio mais
efetivo. A cidade fica às margens do Rio Neckar. De um lado, há
o castelo, com sua famosa torre caída, onde podemos perceber a
impressionante espessura das paredes de pedra. Do outro lado do
rio, há o Philosophenweg, o Caminho dos Filósofos. Trata-se de
uma trilha que serpenteia pelas montanhas.